Quanto
mais rapidamente muda tudo, mais difícil é aprender, viver plenamente,
realizar-nos. Há uma tensão crescente entre as expectativas e nossa realidade.
As organizações precisam de pessoas criativas e as escolas preparam pessoas
previsíveis; precisam de pessoas que saibam colaborar, trabalhar em equipe e as
escolas preparam para o individualismo, para a competição pessoal. Muitas
pessoas estão perdidas, desfocadas, fazendo escolhas pouco adequadas.
É cada
vez mais importante sermos cada vez mais autônomos, desenvolvendo um caminho
pessoal coerente e o que vemos é a dependência crescente da moda, da aparência,
do consumo, da mídia; a falta de reflexão profunda, de opiniões fundamentadas e
de práticas libertadoras. Numa sociedade cada vez mais complexa, a educação
social – além da escolar - é decisiva para encontrar novos caminhos de
aprendizagem e realização.
A educação atual é previsível, repetidora, distante
da vida. Com as mudanças tão profundas em todos os campos, a educação precisa
ser muito mais criativa, diferente, envolvente. A escola sozinha não dá conta
dessas demandas. Ela precisa ser repensada profundamente e ao mesmo tempo a
sociedade propor ações educativas muito mais abrangentes e significativas, que
envolvam continuamente as organizações econômicas e sociais, as famílias, o
poder público e as mídias. Todas as pessoas precisam ser educadas para aprender
a conviver numa sociedade complexa, a respeitar as diferenças, a colaborar mais,
a fazer escolhas afetivas mais realizadoras, a ter objetivos de vida mais ricos
e abrangentes, a construir percursos mais interessantes e produtivos.
Se
tivermos uma educação escolar e social mais interessante, competente e
motivadora formaremos melhores cidadãos, melhores profissionais, melhores
governantes, melhores pessoas e mais realizadas. Tudo isto está por fazer. É
uma tarefa de longo prazo e que exige o melhor de nós, de todos os que querem mudar este país para melhor.
Escrito por: Stephanie Rodrigues